"Prisão é um estado mental. É quase um jeito de ser, uma natureza. Pode-se sentir aprisionado mesmo dentre flores em um campo ao sol. Pode-se sentir só mesmo estando em plena multidão. É fácil capturar aquele que se entende como presa."
"Meus sentidos estão perdidos. Posso sentir o gosto da sua voz, ouvir o tempo que passou. Posso tocar nas lembranças e perceber o leve odor doce dos sentimentos que nos assaltavam. Sim, é muita sinestesia para pouco texto mas não vejo forma mais sã de escrever esta sensação, espero apenas que esteja compreensível."
"Melodias tristes me atraem, tenho em mim esta tendencia ao auto depreciamento e vassalagem romântica. Me vejo hora como Renato, cantando e florindo os sentimentos mais melancólicos, hora como Chico, retratando critica e impiedosamente a realidade. Gostaria de um dia me ver como Paulo, (para saber oque escrever após a virgula)"
"A água que me vem tem sabor familiar. Sabor da conhecida fome que se mostra muitas vezes saciada. Sabor triste de desanimo. Ninguém imagina o quanto é familiar esta dor, este sangue seco que escorre por minha face e inunda meu exterior."
Nossa, quantos trechos de mim. Como sou instável... inseguro e insano. Nossa, como escrevo mal. Como sou insuportavelmente tendencioso. -Coisas que pensei durante a leitura de meus rascunhos perdidos
Parando para pensar com calma. Onde será que eu quero chegar com estes "DeLirios", onde eu estava com a cabeça quando escolhi um nome tão clichê! Chega! Meus pensamentos são meus. Minhas dores são minhas. Meus amores são meus. Não devo mais tentar traduzir em palavras coisas que não possuem nem nome próprio. Deixo a escrita para quem dela tem o domínio.
Sem mais.